sábado, setembro 27, 2014

DE QUE VALE...

(dorothy iannone)


nunca percebi esse desejo quase doentio de rasurar, apagar, obliterar, turvar, os desejos e todas as formas de pensamento e criatividade mais ancestrais que os seres humanos teimam em manter activos e bem vivos. ora  pelas vias dos sonhos, ora em férteis dimensões imaginárias e criativas. de que vale e quanto vale (ou valeu) essa caça às bruxas e todos os bruxedos, de que vale esse fanatismo contra os paganismos, de que vale esses tiques "burgueses" em nivelar à sua medida de pensamento e acção tudo o que nos rodeia, inclusive as formas mais primitivas de cultuar uma ou todas ou qualquer divindade. se deveras o mais fantástico e divino é precisamente esta nossa capacidade de sonhar, de tornar tudo novo, mesmo sabendo em consciência que talvez tudo seja em vão...de que vale tudo o que chamamos "religião"....

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